domingo, 1 de março de 2009

Sensacionalismo

Jornalistas, veículos de comunicação e empresas responsavelmente
sociais devem colaborar com a luta contra a violência,
seja ela urbana, rural, ambiental, social, política, física
ou mental. Os profissionais devem sempre tomar cuidado
para que suas mensagens e imagens não explorem o
sensacionalismo e alimentem ainda mais essa demanda de
informações exageradas.
A jornalista Silvana Leão, formada pela Universidade Estadual
de Londrina (UEL), que trabalha na Folha de Londrina,
procura priorizar a ética em relação à informação. É com cuidado
constante que se consegue dar um tratamento ético para a
notícia, respeitando as pessoas, tentando despir totalmente a
notícia de preconceito, ouvir todos os envolvidos e tentar
aprofundar o assunto, fazendo uma análise das causas e conseqüências
com isenção.
Silvana diz que na hora de pontuar uma matéria, ela procura
mostrar o lado humano e não somente o trágico. “Procurar formas
construtivas de revelar os fatos é a melhor maneira de fugir do
exagero excessivo, pois há várias histórias acontecendo em qualquer
lugar do mundo e de tudo que acontece temos que saber
escolher o que vale a pena contar e o que pode ser descartado”.
O sensacionalismo talvez seja a ferramenta mais antiga para
aumentar as venda de produtos de comunicação e, na maioria
das vezes, implica em uma opção editorial para alcançar o ibope
desejado. Para Silvana, a melhor forma de vencer essa barreira é
tentar sempre procurar o meio termo na hora de escrever a
matéria. “Não devemos amenizar a informação ao ponto de
não dar a notícia, mas saber escolher a melhor maneira de relatar
os fatos. Não existe a necessidade de explorar uma tragédia
se a noticia já é trágica” comenta.
Como redatora, Silvana percebe que alguns dos jornalistas
estão preocupados com o que escrevem e têm a consciência de
fazer um jornalismo pela paz, um movimento pró-vida. Fica
feliz em saber que as universidades de comunicação, promovem
a reflexão entre seus alunos sobre o jornalismo pela paz.
“Isso daqui a alguns anos vai ter um bom reflexo no mercado
de trabalho.” Mas, no seu ponto de vista, muita coisa precisa
ser feita para que os profissionais acordem para essa necessidade,
que é urgente, revertendo esse processo de violência que
esta se agravando no mundo

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